A Minha filha e as Aprendizagens

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São diversos os estudos que referem as vantagens da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino-aprendizagem, a aquisição das matérias dos vários ciclos fazem-se através da memória visual, da compreenssão, auxiliados pela memória associativa, não adianta estudar, se o cérebro não assimila as várias componentes, tais como: ver, ouvir, compreender, falar, escrever, ler… a apetência dos alunos na aquisição das matérias depende de vários fatores, funciona essencialmente na utilização das várias áreas do funcionamento cognitivo e na contribuição do desenvolvimento de competências cognitivas. Basta faltar uma destas componetes para que as aprendizagens não sejam assimiladas e haja um insucesso escolar.

Na terapia de reabilitação cognitiva, utilizo muitas vezes o auxilio do IPAD ligado à net, palavra-imagem-dicionário, onde obrigatoriamente faço a circulação de forma ordenada das áreas da cognição. Assim como, o treino das capacidades do raciocinio lógico abstrato, onde o raciocinio da matemática opera, é necessário pensar rápido, e responder corretamente. Utilizando estratégias do campo visual, do pensamento lógico abstrato e da execução, ou seja, pôr em prática o que nos é solicitado, utilizando o cáculo e a mecânica escrita.

Na Disciplina de Geografia e na Disciplina de História, o método mais utilizado, é o de decorar a matéria, é a forma mais errada na aquisição das matérias, é o principio do descalabro total, estas matérias são adquiridas pela simplificação da linguagem, utilizando a memória associativa, e os recursos normais do dia a dia, associando a matéria aos recursos do senso comum. Não adianta, enviar resmas de papel para decorar, os alunos vão ter tendência a decorar e não comprender nada, ou seja, matéria decorada não é matéria sabida.  Esta utilização é pouco promovida em contextos formais de aprendizagem, onde continua a predominar o uso de recursos e métodos tradicionais. Este  método de aprendizagem associado a imagens com recurso utilização das tecnologias pelos alunos deve permitir-lhes alcançarem níveis de literacia digital, tendo em conta a igualdade
de oportunidades para todos. Há que fomentar nos alunos a análise crítica da função e do poder das tecnologias de informação e comunicação e criar condições para desenvolver a capacidade de pesquisar, tratar, produzir, comunicar e colaborar através das tecnologias, paralelamente e de forma integrada à capacidade de pesquisa e de análise de informação
nos formatos tradicionais (livros, revistas, enciclopédias, jornais e outros suportes de informação).

Posso mencionar que nós pais todos os dias aprendemos, e lembro-me perfeitamente, numa das viagens que fiz, em que numa excursão em que visitavamos Atenas, em que a Sra. explicava que os romanos derivavam dos gregos, e não ao contrário, que a minha filha não fez a aquisição das matérias corretamente, quando ela em voz alta disse mas a minha professora disse que era ao contrário… fiquei sem pinga de suor, parei reflecti, ou ela percebeu mal, ou, a professora não sabe nada disto…

Como mãe, história sempre foi das minhas disciplinas preferidas, minha e do meu marido, assim como geografia, viajamos por Portugal inteiro, e nada como ver com os nossos olhos.

Posso dizer que só compreendi verdadeiramente as conquistas cristãs, quando fiz os dois percursos principais, e só compreendi verdadeiramente quando estive em Murcia a última conquista Cristã aos Mouros. Palavra-imagem, todos os textos que li na história, sinceramente nunca me fizeram sentido, ou pela forma como estavam escritos, ou pela forma como me foram transmitidos. Foi preciso ver como tudo aconteceu e perceber a lógica, de como tudo aconteceu. Claro que saí de lá com outros valores que até aqui não faziam muito sentido.

Confesso que como mãe, este foi um ano difícil, alguém incutiu na minha filha que os pais, não sabem ensinar como os professores… uau… pensei eu, claro que não, tentei perceber porque é que a minha filha não tinha melhores notas este ano???

Percebi, não tinha as técnicas que a mãe lhe tinha ensinado durante 7 anos, falhou incuti isso nos professores, nos explicadores, mas no último período disse chega…

Tentei ver o que estava errado, percebi a qualidade dos testes, péssima para uma jovem com acentuada falta de visão, a forma como estavam escritos, confesso que tive dificuldade em realizar os testes. Muitos, estive de régua a tentar ler porque a letra era demasiado pequena com espaçamento o mínimo possível… para uma jovem que tem um currículo adaptado por falta de vista…

Sei que falhei como mãe, mas o ensino também falhou, cabe a nós pais darmos educação aos nossos filhos, mas também ficarmos atentos ao ensino, antes de sairmos agredindo os filhos porque não conseguem atingir as aprendizagens, vamos perceber primeiro porquê?

Para a minha filha de coração, que atingiu com sucesso as aprendizagens, apesar do cansaço e de nunca ter desistido… como mãe posso ter muito orgulho em ti…

 

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