A forma como nos vestimos, dita muito da nossa personalidade, hoje vejo-me a olhar para a forma de vestir aquilo que eu chamo a maturidade dos 40. Vou às lojas, mas já não compro roupa, por impulso. Antes, olhava para uma peça e comprava, hoje olho essencialmente a qualidade do produto, as etiquetas onde as peças foram confeccionadas, vejo o preço e a qualidade. Muitas vezes o que pagamos é essencialmente a marca, e depois de uma lavagem, já era. Quando tenho de comprar roupa para uma ocasião especial, penso sempre se vai ser para aquela ocasião, ou, se a vou voltar a usar… Sim porque um vestido caro, para usar apenas uma vez, é só um! o do nosso casamento, que depois fica no armário a ocupar bastante espaço.
Leio muitos artigos sobre moda, tenho várias aplicações sobre tendências, mas há uma que me faz parecer ser a mais adequada, (clássico moderno) o SOBRIO, ou seja a maturidade dos quarenta.
Ninguém é feliz a comprar uma peça, porque num impulso passou na loja, adorou, comprou, mas chega a casa repara na qualidade, ou, não lhe fica bem, ou, fica um sentimento de culpa, como é que comprei isto…
Penso que há peças que tendem a não sair de moda, ou, aquilo, a que chamamos de intemporal, mas também temos as peças vintage. São peças que já se usaram e voltaram a usar-se, que guardamos religiosamente no nosso guarda-fato.
Quando escolhemos um artigo, temos que pensar essencialmente no nosso corpo, na nossa profissão, na forma como estamos na vida, na nossa personalidade, se pensarmos bem, essas não variam assim muito, de ano para ano.
Há peças que são indispensáveis ao nosso Guarda-fato, são aquelas que por momentos precisamos para uma ocasião especial, ocasiões que acontecem com alguma regularidade, jantares formais, almoços de trabalho, congressos, reuniões, funerais…
Há várias peças que devem fazer parte do nosso closet, um Blazer, uma peça formal adequada a qualquer circunstancia, temos de ter o cuidado se conduz com a nossa personalidade, há vários modelos, tons, e acertar essencialmente no nosso tamanho… O principio do equilíbrio, para não fazermos uma triste figura.
O vestido preto, como diz o ditado, com um vestido preto nunca me comprometo, é uma peça obrigatória no guarda fato, o vestido preto, pode sempre ser usado em vários momentos, em ocasiões simples, ou, em ocasiões especiais, utilizado em várias culturas, com vários tamanhos, mas sempre preto. Para que a elegância seja maior, este deve estar sempre abaixo do joelho. Devemos fazer sempre um investimento com qualidade. Ainda hoje, tenho o meu primeiro vestido preto, e continua muito atual. Vou alternando com casacos, encharpes, malas, sapatos e sempre que olho para as fotos parece que estou a usa-lo pela primeira vez.
A camisa branca pode ser usada no Verão ou no Inverno, usa-se com fato, com calças de ganga, com calças clássicas, pode usar-se tanto de dia como à noite, num estilo clássico num estilo moderno, pode usar-se e abusar, pois ficamos sempre bem.
Calças de ganga são usadas num estilo mais clássico, ou mais arrojado, é uma peça muito versátil no nosso guarda-fato, é indispensável, pode utilizar-se num simples almoço familiar, num encontro romântico, ou, numa ocasião especial, combinadas com peças mais arrojadas, é um requisito obrigatório em cada estação.
Saia Preta é um básico eterno no nosso guarda fato, uma peça intemporal e imprescindível, primeiro porque podemos fazer várias conjugações com quase todas as peças, pois é uma peça que não temos de renovar regularmente, porque também não a utilizamos regularmente, a não ser que tenhamos uma profissão que a exija.
Trench Coat passa de ano para ano, de estação para estação, criada em vários tons, materiais, os mais formais são o preto, azul e bege. Fica bem, com saias, vestidos, calças clássicas ou de ganga. Uma peça fundamental.
T-Shirt Branca, a peça utilizada num dia mais pratico ou na conjugação de um fato, fica sempre bem adornada de uma boa peça de bijuteria, de um bom casaco, de um lindo lenço. Uma peça obrigatória
Calças clássicas pretas – Os estilistas afirmam que as calças clássicas, pretas, combinam com qualquer pessoa. Assim como a calça jeans, esse tipo de calça permite uma grande combinação de modelos e faz com que qualquer pessoa pareça mais elegante, mais alta.
Blusa de Cashemira – O Inverno é a época do ano em que nos temos de agasalhar, a cashemira é das peças que causa menos alergias, e que veste muito confortavelmente, fica bem com as peças já descritas. É uma peça cara, mas com durabilidade, principalmente se tivermos o cuidado de a tratar bem. Pode-se considerar como uma peça sexy e feminina.
Fato preto – tem sempre um toque masculino, mas ao mesmo tempo não deixa de ser feminino. O fato preto concede elegância a uma mulher, adornado com uma T-shirt, quer de um top acetinado, quer de uma camisa branca. Combina em qualquer situação, numa cerimónia. O fato preto, acompanhado de um bom salto, torna-se numa extrema elegância.
Sobretudo – Um bom casaco de Inverno é fundamental para os dias mais frios. Opte por um corte clássico e num tom neutro – preto, azul-marinho, cinza ou camel – pois permitem mais conjugações. O comprimento ideal varia consoante a sua estatura. Se for mais baixa, prefira os modelos a 3/4 e nunca abaixo do joelho.
Botas – texturas, cores, efeitos, detalhes e saltos, criam um modelo único que fará a diferença até no visual mais básico. Sapatos, são perfeitos para revelar a personalidade, já que podem ser um detalhe exclusivo, até em looks bastante formais. Por exemplo, um sapato de salto alto preto combinado, uma sandália de salto agulha, dá sinais de certa liberdade do sexo feminino. Umas sapatilhas podem traduzir uma mulher romântica com jeans e camisa, evidenciando um perfil mais delicado.
Ténis/sapatilhas – Uma opção versátil e clássica: há décadas que o modelo da Converse All Star, continua a marcar presença nos armários de muitas mulheres, surgindo em várias cores. Os meus preferidos são as sapatilhas em bota; desde os 13 anos de idade, que uso. Completamente intemporais.
Sapatos pretos de salto alto, são uma peça que alonga as suas pernas e deixa o look mais clássico e sofisticado. Combina com todas as cores de roupa e pode ser usada tanto no trabalho quanto em festas. Pode ser combinado com calças, vestidos, fatos, saias…
Mala de mão – devemos ter sempre uma boa mala de mão. Esta deve ser de qualidade, sim de qualidade, quando me refiro a qualidade não me refiro a marcas, mas sim que vá de encontro ao nosso perfil. A mala de mão ou a pochet, como também a designamos, é das coisas que só usamos em ocasiões muito especiais: primeiro, porque leva muito pouca coisa, e depois, porque não é de uso diário. Se esta não tiver boa qualidade, vai perder o brio, e vai prejudicar a nossa endumentária. Claro que não nos vai favorecer. E para que não tenhamos que gastar mais, e desnecessáriamente, convém escolher um boa peça.
Roupa interior lisa – Um soutien que esteja apertado, não segure o peito ou deixe uma parte de fora, pode arruinar qualquer visual. Do mesmo modo, umas cuecas que vinquem o corpo, também não são nada elegantes. Por isso, invista em modelos básicos (lisos, sem textura, opacos e da cor da pele), e sem costura, que ficam “invisíveis” por debaixo da roupa.
Bons investimentos em acessórios: Lenços e echarpes, mala clássica estruturada em cor neutra (preto, cinzenta, camel ou bege), clutch preta ou metalizada (cocktail, festa e jantar), cintos de pele em cores neutras (preto, bege e castanho), colares de prata, ouro ou metal / Maxi-colares Pulseiras (que não façam barulho ao tocar na mesa ou a trabalhar),anéis (que não magoem os dedos, se tiver de dar um aperto de mão). Brincos (de pequena e média dimensão). Relógio (modelo clássico, com pulseira de couro ou metal). Óculos de vista e escuros (modelos clássicos, sem muitos detalhes). Cachecol, luvas e chapéu ou gorro para o frio, são peças importantes num guarda-fato, mas elas não duram sempre, e devemos ir substituído com o tempo por causa do desgaste. Não quer dizer que só tenhamos que vestir aquilo que é intemporal, a cada ano que passa, os designers de moda vão introduzindo novos modelos que nos apaixonam, e devemos deixar seduzir-nos por eles, mas sempre tendo em atenção a qualidade dos produtos e a durabilidade.
